CHORÃO É OVADO NO LANÇAMENTO DO FILME ‘O MAGNATA’
O vocalista Chorão, da banda (?!) Charlie Brown Jr. foi atacado na noite passada por um grupo indignado de defensores dos direitos humanos. Os manifestantes protestaram arremessando ovos e tomates em direção ao cantor, enquanto este passeava calmamente com seu skate nas ruas de Santos. “Esse lixo de filme é um atentado ao bom senso de qualquer ser humano!”, declarou Regina Baptista, líder do movimento. (leia mais na pág. 12)
O diálogo por telefone:
Mr. President: Então você está no Brasil?
First Ladie: Sim, aqui é lindo, e o povo é muito simpático! Amanhã vou dar uma palesta na floresta (?!) e depois visitar um instituto de crianaças carentes aqui, no Rio.
Mr. President: E você não vai à praia?
First Ladie: Amor! Por acaso você já viu as roupas de banho que eles usam aqui?!
É aí que os terroristas entram em cena, zuando geral. O Chuck é contatado imediatamente. Ele pula de pára-quedas de um caça e cai no terraço do hotel - mas antes disso dá umas piruetas em torno do Cristo Redentor. Depois de alguns socos e roundhouse kicks, a primeira-dama está quase salva! É hora de pôr o pára-quedas novamente e pular com a velhota da janela da suíte presidencial, antes que mais terroristas cheguem. Adrenalina total!
Depois disso eu desliguei a televisão e fui dormir. O filme conseguiu consumir todo o meu potencial trash em apenas dez minutos.
"Curtindo um sol"
Eu nem sei se devia postar isso aqui. Devia fazer uma resenha pro Costelinha e blá blá blá, mas como membro oficial dos Amigos do Ócio, desisto. Vou postar sobre o novo disco do Who lá mesmo essa semana e eu sei que você vai querer ler (cof cof).
Estava eu passando tranqüilamente pela banca de revistas, de repente, não mais que de repente, vejo a linda, gigante e super legal Rolling Stone brasileira número um. Com cento e quarenta páginas de papel ótimo, o dobro do comprimento de uma Veja e entrevistas gigantes com Bob Dylan (sim, ele mesmo, a lenda, o hômi) e Jack Nicholson. E barata bagarai em relação à qualidade da revista. Maldição, tive que comprar. E mais maldição, eu estou recomendando!
(Quanto vou ganhar por essa propaganda, han? Acho que vou falar mal de tudo pelos próximos dois anos, já paguei pau pra coisa demais esse mês.)
Não zarpeia(sic) não hein, galerinha!Hoje tive uma premonição. Mentira, foi um sonho. Mas prefiro pensar que foi uma premonição, até porque acordei suando, sentei na cama e fiz uma cara pensativa. Não, não, essa é mais uma mentira.
No so... cof, cof... na visão eu viajava pela América Latina num carro fudido, com quatro amigos, todos com pouco dinheiro. A gente tirava fotos das pessoas comuns de cada país, de tiozinhos tomando café em padarias a donas de casa varrendo a varanda. Não sei porquê, mas meu desejo era ir até o Peru pra tirar fotos do povo dos Andes. Foi surreal.
E minha conclusão de tudo isso é: antes de virar um rockstar fodão, tenho que fazer essa viagem, ou seja, tem que ser logo.
Placa Toynbee em Buenos Aires...Enquanto isso, na América atual, as famosas placas Toynbee são achadas em todo o continente, desde os EUA, passando pelo Brasil, indo até o Chile. Como e por quê elas foram postas ninguém sabe. Mas estão incrustadas no asfalto de lugares supermovimentados. As placas falam de Kubrick e do filme 2001, numa mensagem aparentemente sem sentido. O livro 2001 tem uma continuação, que é 2010 – O Ano em que Faremos Contato, dizem que nesse ano o mundo acaba.
... e em Niu Iorque
Eu disse tudo isso porque, caralho, eu devo me preparar para o fim do mundo em 2010, 2013 ou 2019?! Isso me tortura =p
O próximo passo evolutivo dos trabalhadores que dialogam durante o serviço ocorrerá com os dentistas. Eles vão parar de nos fazer perguntas enquanto estamos de boca aberta, com saliva escorrendo pelo canto.
- Mas e sua irmã, tá solteira ou casada?
- Mmmmmmmbop.
- Úia, a música do Hanson!
Marquinhos ouvindo The Who - Pinball Wizard
Desde pequeno tenho um bloqueio pra atividades físicas.
Sabe aqueles filmes infanto-juvenis dos anos 80, em que o garoto é sempre escolhido por último no baseball? Comigo era mais ou menos assim, só que no futebol. Minha jogada em campo era mirar a perna do adversário, e não a bola. A diversão no fim da pelada era ver quantos jogadores eu havia contundido.
É aí que a gente tem que ficar aturando uma época em que o forró está em toda parte. Já me disseram que danço tão bem quanto um garoto com paralisia infantil. Será que eu aprendo algum dia, que nem naquele filme em que o Richard Gere aprende a dançar já tiozão?
Bah, eu sou mais eu.
Parte I – Os Chatos da Barraca ao Lado ou Os Caras do Novo CD do Scambo
Fora o desconforto, o calor que nos faz ter que acordar às 8:00 da manhã (sendo que só íamos dormir às cinco), os mosquitos, os sem-noção da barraca ao lado - que falam o tempo inteiro e não te deixar nem tirar um merecido cochilo depois da praia - e os banheiros sempre sujos e superlotados, camping até que é legal. É um lance primitivo. A gente sente o homem da caverna – ou o pirata, ou o soldado em missão de guerra – dentro da gente, sabe? Além do mais, é uma forma de convivência forçada com várias pessoas diferentes, temos como ótimo exemplo os sem-noção supracitados.
Aí vão alguns dos diálogos super legais, interessantes e inteligentes deles. Depois de aturar isso várias horas por dia, quase sempre em horários inoportunos, como 7 da manhã (¬¬), sinto que estou preparado pra qualquer coisa na vida. O mais surpreendente é que nada disso aí é ironia. Eles estavam falando sério mesmo.
- Aí eu queixo as mina assim, véi, chegando na manha e dizendo: “só tem duas maneira de achar a felicidade: encontrando Deus ou ficando comigo. Como alcançar Deus é difícil, só te resta uma opção”. Aí ela vai pará prá pensá e nessa hora tu pega e beja ela. Morou?
-Saquei, brow. Mas tu já ouviu o novo CD do Scambo?
-Já. Tá ducaralho.
-Tá idéa.
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-Pô, mas agora tipo que eu tou ouvindo umas parada séria. Música inteligente, tipo Cartola e... Offspring.
-Cê já ouve metal melódico, véi? Melancolíc metal?
-É melancÓlic.
-Sei lá. Eu sô brasilêro.
Chega um deles voltando do banheiro.
-Vamos pará de falá disso aqui. Quem gosta de roquenrou em acampamento é roulin estone.
-Pô, só. Mas e o novo CD do Scambo, né ducaralho?
-Idea.
************
-Eu já parei desde o primeiro dia, brow. Prá sentir o feeling da natureza, sabe? Me sentir mais adaptado.
-Que horas são, véi?
-Oito e meia pras doze. Hahahahahaha. Não lembro nem dia mais, nem hora nem nada.
-Só. Mas cê já ouviu Scambo, véi?
-O novo CD é ducaralho.
-Idea.
Marquinhos ouvindo Scambo... ops... digo... Franz Ferdinand - The Fallen
É uma daquelas gurias que só assistiram comédias românticas e filmes de terror adolescente na vida. Provavelmente namora caras de Nike Shox, Von Dutch e pulseirinha Livestrong. Aí eu penso na...
1) Encha a cabeça de seus alunos falando como esse ano é importante na vida deles. Cite a palavra “vestibular” e “federal” pelo menos quinze vezes por aula;
2) Seja espontâneo e rápido. Sempre tenha uma resposta cretina para as perguntas e observações idiotas dos alunos. Assim eles nunca mais lhe perguntarão nada;
3) Tenha um currículo gigante de piadinhas sexistas e constrangedoras, para tentar distrair os estudantes da enorme sobrecarga de informações que são as aulas;
Pronto! Agora você está apto a aterrorizar dezenas de jovens, rogando pragas em seus futuros e criando mais alguns alienados do sistema. Não é demais?
Marquinhos ouvindo Los Hermanos – Último Romance
(Demorei pra atualizar, não? Sabe como é... preguiçaaaa... ;p)
Eu acho muita graça nas besteiras da vida. Nem sei o porquê. Acho que viver já é tão sem sal que se você começar a notar mais as coisas simples, vai acabar criando uma atmosfera de diversão à sua volta, percebendo como a peculiaridade de cada coisa ou pessoa é interessante. Eu posso passar horas num ônibus urbano, só observando o trânsito de pessoas e viajando em pensamentos.
(O parágrafo acima poderia se resumir em: imaginação idiota e fértil + falta do que fazer = imbecil autista e egocêntrico que cria um mundinho próprio pra escapar das frustrações de sua vida)
Sim, agora vou chegar no ponto. Semana passada, eu e um colega enfrentamos uma longa estrada num táxi, daí engatamos uma conversa com o taxista, quase digna de filme de Quentin Tarantino, mas para chegar a este patamar precisaríamos citar milhares de referências da cultura pop, e como não houve alguma – a não ser que falar de um grupo de pagode em que um cara com paralisia infantil canta seja referência pop – foi apenas um papo de táxi mesmo. E tem coisa mais peculiar que conversa de táxi, ou portaria?
Frases pertinentes em nosso diálogo:
“Pô, o baiano trata o turista com privilégios, mas não tá nem aí pros nativos!”
“Caceta, tá tendo muita bicha em Salvador, culpa da novela!”
“O trânsito já tá foda ali, quero ver quando construírem o shopping!”
Será que só eu acho esses momentos da vida legais? E engraçados?
Pra terminar um brinde.
A piadinha da Mia Wallace.
Três tomates atravessavam a rua. O Tomate Pai, A Tomate Mãe e o Tomate Filho. O Filho ficou pra trás, então o pai teve que buscar. Ele voltou e disse: “Ketchup!”
AHAHAHAHHAHahaha... não entendeu?
Aprenda inglês então, bitch!
AHAHAHHAHSHAHSHAOSUHFUHAS... ahaaammmm... perdeu a graça...
Marquinhos ouvindo Arctic Monkeys - The View From the Afternoon
Tic, tac. Movem-se os ponteiros do relógio. São duas e meia da manhã. Mentira. Eu não tenho relógio de ponteiros em meu quarto. É só pra dar um clima ao post.
Bem, continuando, é madrugada, mistérios rolam soltos por aí (mistérios rolam?), coisas bizarras aparecem para assustar criancinhas, mas acho que nada é tão bizarro quanto o que eu vi ontem. Nada. Nem bicho-papão, nem o Freddy Krueger, nem a Ruth Lemos. Nada é mais bizarro que o Tony Ramos imitando uma mulher.
Sim, amiguinhos, eu vi aquele filme. Não me crucifiquem. Era pra assistir As Loucuras de Dick e Jane, com o Jim Carrey e tchananã, mas aprendi uma lição: nunca deixe sua irmã mais nova comprar um ingresso de cinema. A mulher da bilheteria deu ingresso pro filme errado e minha irmã só foi conferir quando já estava na sala.
Eu não consegui dormir até hoje.
Mas é incrível como Sexo, Amor e Traição ainda é mil vezes pior!
Essa foi a pérola que alguém soltou para o sol quando ele se pôs na Ponta do Mutá, em Barra Grande, aqui mesmo na Bahia. O pôr-do-sol é um espetáculo lá. Nem preciso dizer que o cara que disse isso estava chapadasso, e nós éramos a minoria “careta” do lugar.
Como turistas sem grana, enfrentamos situações como entrar num barco onde o piloto acendia um beck atrás do outro, ao som de Tribo de Jah, e ancorar em manguezais toscos, correndo perigo de ficarmos atolados a qualquer momento. Mas de resto foi tudo muito bom, e Taipus de Fora fez mudar a minha concepção de praia, e de paraíso. Eu não gostava de praia, até que conheci Taipus.
Muita coisa pra contar, pouca vontade de escrever. Essas foram uma das poucas férias em que não fiquei com uma sensação de nostalgia. Será isso bom? Eu escrevo melhor quando estou nostálgico...
Marquinhos ouvindo Gram – Faça Alguma Coisa
P.S.: Se eu ouvir novamente Pescador de Ilusões, do Rappa, dou um tiro na cabeça da pessoa.
E lá estava eu, em mais uma madrugada entediante de sábado para domingo, em casa. Ligo a TV, sem esperança de encontrar algum programa decente – podia estar passando A Coisa, Bill & Ted ou algo tão trash quanto, na Band, era a minha esperança – ou pelo menos assistível. Mas quando sintonizo na MTV, uma surpresa: estava passando um clipe de P.I.L., Public Image Limited, cara, a banda do Johnny Rotten! E lá estava o Joãozinho Podre, com aquele mesmo olhar e gestos paranóicos de quando era do Sex Pistols, só que agora usando terninho.
Um clipe de P.I.L. na MTV? Legal. Muito legal. Mas vai acabar e passar um monte de merda agora.
Isso foi o que pensei. Porque depois de Public Image passou Babyshambles, Forgotten Boys, Kings of Leon e Hellacopters seguidos! Sem sequer intervalos comerciais!
É o Lab, cara. Esse programa é a salvação da madrugada.
Marquinhos ouvindo Clap Your Hands and Say Yeah! - In This Home On Ice
Assistir filmes com turma pode se tornar uma sessão de tortura, desde a escolha da película até os comentários posteriores. É então que como bom cinéfilo, você deve aplicar a regra maior para essa tarefa: escolha o filme mais trash possível. Isso mesmo. Quanto mais tosco, melhor. São inúmeras as vantagens desse método. É como matar vários coelhos numa cajada só.
Pra começar, você evita ouvir pérolas como: “Filme chinês? Eu odeio! Cheio de mentiras. Você devia ter alugado Velozes e Furiosos”, “Sin City é o pior filme que já vi. É preto-e-branco”, e “Pulp Fiction? Credo. Aquele filme nem tem fim”.
Além de lhe impedir de cometer um atentado contra a vida dos seus amigos depois de ouvir isso, alugando um filme trash você vai poder compartilhar uma opinião sensata e sincera com eles. A de que o filme que acabaram de ver é uma merda. Outras vantagens incluem o famigerado Estilo Novela da Globo. Você pode ver apenas o início e o fim do filme e não vai perder nada.
É por isso que já vou reservando o meu DVD de A Coisa – É verde, de baixa caloria e vai te matar para a próxima sessão com a galera.
Marquinhos ouvindo Stiff Little Fingers – We Are Nowhere
